Como o raio é produzido?

Um raio ocorre quando se separam as cargas elétricas dentro de uma nuvem do tipo cúmulo-nimbo. 

Essa separação ocorre principalmente pelo choque entre granizo e partículas de gelo no interior da nuvem. 
Quando a diferença de cargas é muito grande, uma carga elétrica negativa chamada “condutor”, fraca e invisível, deixa a nuvem e ziguezagueia para baixo, parando entre 30 e 50 m de altitude.
Devido à intensidade do campo elétrico formado, as cargas positivas do solo que estiverem mais próximas do raio condutor saltam até encontrá-lo, fechando assim o circuito elétrico entre a nuvem e o solo. Por ele, a descarga elétrica se desloca para a base da tempestade.
Como tudo isso ocorre em milésimos de segundo, tem-se a impressão de que o raio cai, quando, na verdade, ele sobe.

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Pilha seca

Alessandro Volta (1745-1827) nasceu na cidade de Como, no norte da Itália. Aos 17 anos, começou a lecionar na escola secundária de sua cidade natal. Aproximadamente em 1770 inventou o eletróforo, um gerador eletrostático rudimentar. 
Aos 34 anos foi indicado para organizar o departamento de Física da Universidade de Pavia, onde podia dispor de tempo para dedicar-se à pesquisa. 
Em 1791, Luigi Galvani, outro pesquisador italiano, publicou suas observações acerca do estudo de rãs dissecadas em laboratório. 
A experiência processava-se da seguinte maneira: introduzia-se um estilete de latão na medula espinhal da rã e, através de um bisturi de ferro, tocava-se o músculo da perna desse animal; quando a outra extremidade do bisturi era encostada ao estilete de latão, o músculo da perna da rã estremecia violentamente. Galvani supôs ter, então, descoberto a eletricidade animal. 
Após ler o trabalho desse médico e físico italiano, Volta repetiu a experiência, porém não acreditou que se tratasse de eletricidade animal. Continuou suas pesquisas e em 1800 inventou a “pilha voltaica.”
Pilha de Alessandro Volta
Quando Alessandro Volta inventou a pilha, os discos de cobre e os de zinco que a formavam eram separados por discos de feltro embebidos numa solução ácida. Elétrons do zinco passavam pela solução ácida em direção ao cobre, surgindo uma corrente elétrica.
O nome pilha se originou da disposição dos discos, empilhados uns sobre os outros.
Atualmente, as pilhas são revestidas de zinco; no interior existe um bastão central de carvão e uma mistura pastosa (que deu ao dispositivo o nome de pilha seca) à base de cloreto de amônio e dióxido de manganês. O cloreto de amônio reage com a água da mistura pastosa, produzindo ácido clorídrico. Este reage com o zinco que reveste a pilha, produzindo cloreto de zinco e hidrogênio.
O hidrogênio fica acumulado no carvão, que se torna carregado positivamente. Em decorrência da formação do cloreto de zinco, na parede interna da pilha acumulam-se elétrons. Como a parede de zinco (que forma o pólo negativo) está ligada ao bastão central (pólo positivo), os elétrons circulam livremente no interior da pilha, pois há uma diferença de potencial, que nas pilhas comuns é de 1,5 V.
A pilha se esgota quando se esgotam as substâncias que reagem no seu interior.
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Como funciona o congelador?

A função de um refrigerador é manter a temperatura dos alimentos abaixo da temperatura ambiente, retirando calor deles.
Num refrigerador, o mecanismo que retira calor fica localizado no congelador. Ele retira calor do ar que está no congelador e o ar, por sua vez, retira calor dos alimentos.
Para que esse processo ocorra com eficiência, o ar precisa circular dentro do refrigerador: o ar frio precisa se deslocar do congelador até os alimentos.
Como isso é possível? Simplesmente colocando o congelador na parte superior, pois o ar frio, sendo mais denso, desce e troca de lugar continuamente com o ar que se aquece em contato com os alimentos. Forma-se, assim, uma corrente de convecção.

Essa corrente aumenta muito a velocidade de troca de calor entre os alimentos e o congelador. 
A fim de permitir a convecção, as prateleiras dos refrigeradores são feitas de grade metálica e não de vidro ou outro material maciço.
Se o congelador ficasse embaixo, o ar mais frio ficaria concentrado lá e não subiria. A troca de calor seria, então, pouco eficiente.
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É possível anular a atração gravitacional que a Terra exerce sobre os corpos?

Não se pode “desligar” a gravidade. Cintos antigravitacionais só existem nas histórias em quadrinhos. 
A NASA e outras agências aeroespaciais utilizam um artifício que permite simular a ausência de gravidade: a queda livre. 
Imagine-se dentro de um elevador, carregando alguns livros na mão. Quando o elevador chega ao último andar, alguém corta os cabos e ele despenca. De repente, a sensação será de ausência de peso, os pés perderão o contato com o chão e os livros flutuarão no ar. Como o elevador está fechado, você não notará que caiu, mas pensará que flutua. 
É a queda livre, durante a qual a sensação é de ausência de gravidade. Nos experimentos das agências espaciais, um avião a jato sobe até determinada altitude e é posto em queda livre durante certo tempo. Na acolchoada cabine de passageiros, os futuros astronautas experimentam a simulação de ausência de gravidade.
O Turbo Drop, uma das atrações radicais do Playcenter, é uma torre de 60 metros de estrutura de metal, onde quatro suportes de metal com 3 assentos cada, levam os visitantes ao topo em 17 segundos, ficando parado no alto durante 5 segundos e depois, despencando em apenas 2 segundos. A queda chega a ser 2 vezes maior do que a aceleração da gravidade, atingindo 80km/h.

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Fotocopiadora

Em 1930, o americano Chester Carlson não tinha nada além de um diploma de bacharel em ciências com especialização em Física, 1.400 dólares em dívidas e duas respostas negativas às 82 cartas que havia mandado em busca de emprego. Mas o físico de Seattle, que na época tinha apenas 24 anos, era persistente. É fácil entender por quê: desde os doze anos, o menino magro e desengonçado trabalhava limpando vitrines e varrendo escritórios para sustentar os pais, que sofriam de tuberculose.
Aos 14 anos, conseguiu também um emprego de auxiliar de tipógrafo. No ginásio, passou ainda a acumular a função de ajudante num laboratório de Química, que exercia aos sábados e domingos. Sua jornada era de nada menos de doze horas – das seis da manhã às seis da tarde. Mas, afinal, o récem-formado conseguiu um emprego no departamento de patentes de uma firma de eletrônica de Nova York. Foi ali que começou a perceber a necessidade de um aparelho que pudesse tirar cópias de textos.
Em 1935 Chester pôs na cabeça que iria inventar uma máquina que funcionasse ao mero toque de um botão. Foram três anos de trabalho solitário à noite e nos finais de semana. A maior parte do tempo ele passava na Biblioteca Pública de Nova York, em busca de livros especializados. Chester dividia ainda as horas dedicadas à investigação científica com um curso na Faculdade de Direito e o emprego na firma de eletrônica.
Enfim, em 1937, conseguiu patentear um processo, ao qual deu o nome de eletrofotografia, que, teoricamente, poderia reproduzir documentos com certa qualidade. Mas a máquina era ainda apenas um punhado de papéis cheios de anotações. Faltava o principal: construir o aparelho. A tarefa não seria fácil, pois o laboratório de Chester não passava de um armário embutido num apartamento de um único cômodo. Era evidente que ali não havia instrumentos suficientes para a construção do invento. O americano não pensou duas vezes: alugou um quarto no subúrbio de Astória e investiu todas as economias na compra de uma bancada, placas de metal, resinas, enxofre, produtos químicos e um bico de Bunsen (espécie de fogareiro de laboratório).
Conseguiu ainda contratar um físico, o alemão Otto Kornei, para ajudá-lo nas experiências. Não passou muito tempo até que os dois produzissem naquele quarto pequeno a primeira cópia eletrográfica. “10-22-38 (22 de outubro de 1938) Astória” foram as palavras impressas definitivamente no papel, mediante o processo que Chester tinha proposto um ano antes. O cientista esfregou com um pano de algodão uma placa de zinco revestida de enxofre, de modo que ela ficasse carregada de eletricidade estática (a mesma que faz com que um pente, depois de usado, atraia pedacinhos de papel). Na lâmina de vidro de um microscópio, escreveu com tinta nanquim a data e o local da experiência.
A lâmina foi encostada à placa e ambas submetidas por alguns segundos à luz de um refletor. Aconteceu o que o físico esperava: os raios de luz dissiparam a carga da chapa, exceto das partes tapadas pelos dizeres. A placa foi então pulverizada com um pó químico de cor preta chamado licopódio, que foi atraído apenas pela parte da placa que permaneceu energizada, deixando-a em evidência. Chester comprimiu então a placa contra uma folha de papel parafinado. Nesta, apareceram os dizeres tingidos pelo pó, que foram depois fixados pela ação do calor. 
Impressionado, um professor de letras clássicas de Ohio sugeriu que o nome do processo fosse trocado para xerografia, do grego xerox = seco e grafia = escrita.
Chester, animado com o sucesso, começou a procurar financiadores para o invento, além de fabricantes que pudessem produzi-lo em escala industrial. Não havia, porém, ninguém interessado na xerografia e os desenhos propostos pelo físico não eram satisfatoriamente executados pelas fábricas. 
De 1939 a 1944, o inventor percorreu mais de vinte companhias, em busca de reconhecimento. Não teve resposta.
Estaria tudo perdido caso uma pequena firma chamada Companhia Haloid, de Rochester, Nova York, não tivesse, enfim, se interessado pela engenhoca. Ela negociou os direitos comerciais e em abril de 1947 Chester recebeu o pagamento inicial a que tinha direito – 2.500 dólares -, embora ainda fossem necessários três anos para que a primeira xerox chegasse ao mercado. O processo era semelhante àquele experimentado tempos antes e que ainda hoje é utilizado. A imagem do original é projetada através de lentes e espelhos sobre um cilindro metálico carregado de eletricidade estática e coberto por uma camada de selênio.
A parte clara do original reflete luz para o cilindro, fazendo com que sua carga seja dissipada. A parte do cilindro referente à imagem escura do original permanece carregada e atrai o tonalizador ou toner – composto que substituiu o licopódio, o pó preto usado originalmente -, que por sua vez se prende a uma folha de papel que passa sobre o cilindro. A imagem é fixada por aquecimento e pressão. 
A Companhia Haloid passou a se chamar Corporação Xerox, hoje a 34a entre as maiores corporações industriais dos Estados Unidos. Em pouco tempo havia copiadoras em todos os escritórios do país – e Chester acabou ficando milionário com os direitos de patente da máquina.
A fotocopiadora é uma das únicas aplicações de uso cotidiano da eletricidade estática.
Outros tipos de copiadoras foram desenvolvidos e é difícil imaginar uma empresa ou escola ou qualquer instituição, enfim, que não disponha de copiadoras xerográficas. As mais avançadas podem reduzir ou ampliar qualquer documento, reproduzir slides coloridos e operar em alta velocidade.
Ao facilitar enormemente a vida, as copiadoras também contribuíram para multiplicar as montanhas de papel que cada vez mais parecem sufocar o homem moderno.
As moderníssimas impressoras a laser, acopladas a computadores, parecem constituir a única ameaça ao longo e absoluto reinado das copiadoras xerox.
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É possível ver o Sol sempre no horizonte?

Para que seja possível ver o Sol sempre no horizonte, a pessoa tem que caminhar com a mesma velocidade de rotação da Terra, pois é o giro do planeta que faz o Sol mudar de posição no céu. 
Alguém sobre a linha do equador deve viajar a cerca de 1.666 km/h, que é a medida da circunferência da Terra – 40.000 km – dividida pelas 24 h do dia.
A pessoa deverá seguir sempre de leste para oeste, porque é esse o caminho do Sol. 
Nos pólos, a tarefa é praticamente impossível. Durante o inverno, o Sol está sempre abaixo do horizonte, e no verão sempre acima, exceto nos dias 21 de março e 22 de setembro, o chamado equinócio, quando ele fica exatamente no horizonte. Nas outras partes do planeta, a velocidade da viagem varia de uma região para outra e o trajeto não deve ser sempre de leste para oeste, mas parte de norte para sul, ou vice-versa. Isso acontece porque o Sol entra inclinado no horizonte, fazendo com que a trajetória da viagem seja também inclinada.

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O atrito é bom ou ruim?

Nem sempre a força de atrito nos atrapalha nas tarefas que temos que cumprir. Ao contrário, muitas vezes ela nos ajuda.
Por exemplo, quando andamos, estamos “empurrando” o chão para trás e este nos empurra para frente, permitindo que andemos. Imagine se caminhássemos sobre uma superfície de gelo, ou mesmo por um chão cheio de cera, teríamos problemas para nos deslocar, pois não haveria atrito.
Um automóvel anda para frente quando seus pneus “empurram” o chão para trás e este os empurra para frente. Quando um carro faz uma curva, isso ocorre porque existe atrito entre o pneu e o chão; se não houvesse esse atrito o carro sairia reto nas curvas.
Em várias indústrias, existem esteiras para transporte de material, desde grãos de trigo a limalha de ferro (esta última para ser jogada em fornos). Essas esteiras transportam o material porque existe atrito entre elas e o material. Se não houvesse, o material ficaria escorregando sem conseguir sair do lugar.

Vários são os exemplos em que o atrito nos ajuda em nosso dia-a-dia.
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Antenas parabólicas atraem raios?

As antenas parabólicas atraem os raios por serem de metal, material bom condutor de eletricidade, a parabólica serve como atrator para os raios. Mas o risco não é maior que o oferecido por uma antena comum ou qualquer objeto metálico colocado no mesmo local.
Tentando proteger o equipamento, alguns proprietários acoplam à parabólica um fio de cobre ligado à terra para descarregar as cargas elétricas causadas por um raio. O fio facilita o caminho dessas cargas até o solo, e a antena passa então a funcionar como pára-raio. Mas o procedimento não é aconselhável por que as cargas elétricas acabam por danificar peças da antena.
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Por que sentimos um piso de ladrilho mais frio do que um de madeira ou borracha, apesar de ambos estarem à mesma temperatura ambiente?

Ao tocarmos um piso de madeira ou de borracha, temos a sensação de que este é mais quente que o piso de ladrilho. O pé e o ladrilho trocam calor muito mais rapidamente do que o pé e a madeira ou borracha. A madeira ou borracha é um mau condutor de calor. Os maus condutores de calor são chamados de isolantes térmicos.
As diferentes condutibilidades térmicas das substâncias também permitem explicar por que pode-se ter sensações diferentes ao se ter contato com corpos que estejam na mesma temperatura. Por exemplo, quando se anda descalço na sala, onde o piso é de madeira ou borracha, para a cozinha, onde o piso é cerâmico, a sensação é que o piso cerâmico está mais frio, mesmo que a temperatura dos dois pisos seja a mesma.
A explicação é que o coeficiente de condutibilidade da madeira e borracha é bem menor, o que dificulta a troca de calor entre os pés e o piso. A sensação térmica quando o calor flui mais rapidamente dos pés para o piso cerâmico é de frio, se comparada com a sensação térmica dos pés em contato com o piso de madeira ou borracha.
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Qual é a diferença entre as pilhas comuns e as alcalinas?

As pilhas convertem energia química em elétrica. 
A pilha comum é formada de zinco (pólo negativo) e carbono (pólo positivo), em contato interno entre si por meio de uma mistura de dióxido de manganês, carbono, cloreto de zinco e amônio. Quando os pólos positivo e negativo são ligados externamente, ocorre uma reação química em que o zinco libera elétrons que atravessam o circuito externo.
O dióxido de manganês, em contato com o carbono, por sua vez, ‘consome’ elétrons. Essas transformações químicas produzem uma diferença de potencial elétrico, a voltagem, e conseqüentemente energia elétrica.
A pilha alcalina funciona de modo semelhante e ganhou esse nome devido a natureza básica de seu eletrólito, uma solução aquosa de hidróxido de sódio ou potássio, na qual se colocam eletrodos em dióxido de manganês e em pó de zinco. A reação entre esses três componentes é que gera a energia necessária e faz a pilha funcionar. 
Uma pilha alcalina é constituída por um ânodo, um "prego" de aço envolto por zinco revestidos por uma camada de aço niquelado, um separador de papel e um isolante de nylon.
Comparando-as com as pilhas secas comuns, as alcalinas são mais caras, mantêm a voltagem constante por mais tempo e duram cinco vezes mais. Isso ocorre porque o hidróxido de sódio ou potássio é melhor condutor eletrolítico, e o meio básico faz com que o eletrodo de zinco sofra um desgaste mais lento comparado com as pilhas comuns que possuem um caráter ácido.
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O nosso peso é alterado ao surbirmos ou descermos de um elevador?

O peso depende de duas coisas: massa e gravidade. Nenhuma das duas varia quando você entra em um elevador. Mas se você estiver subindo ou descendo em cima de uma balança ela vai acusar massas diferentes. Isso acontece porque a aceleração dentro do elevador pode compensar ou somar-se à aceleração da gravidade.
Quando o elevador acelera na descida, por inércia, o corpo do passageiro tende a continuar no alto, compensando a atração para baixo, da gravidade.
Daí, a balança acusa uma massa menor que o real. Quando o elevador está quase chegando, na freada, o corpo do passageiro tende a continuar descendo: essa aceleração somada à aceleração da gravidade e a balança, marca uma massa maior. Na subida acontece o contrário: a balança marca uma massa maior durante a aceleração do elevador e menor na freada. Quando o elevador está parado ou movendo-se numa velocidade constante, a balança marca a massa correta.
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Apertar a garrafa de plástico faz com que o refrigerante dentro dela perca menos gás?

Certas lendas e mitos populares rezam que se apertarmos uma garrafa de plástico de refrigerante antes de fechá-la novamente, e deixarmos menos espaço para o gás sair do líquido, isso fará com que o refrigerante perca menos gás.
Na verdade isso acelerará a saída do gás do liquido.
Quando você aperta a garrafa para expulsar o ar de dentro dela, está causando uma diminuição na quantidade de ar dentro da garrafa e ao fechá-la, haverá uma diferença de pressão com o mundo externo. Isso fará com que o vácuo (com relação ao mundo externo) dentro da garrafa permita que o gás carbônico do refrigerante saia mais rapidamente para complementar a diferença de pressão.
Além disso, ao fechar a garrafa com a tampa, suas paredes, que são elásticas e estão tensionadas, terão forte tendência de retornar ao formato inicial. Portanto, nesse esforço mecânico de retorno ao antigo formato, as paredes da garrafa causarão uma expansão da atmosfera interna da garrafa, provocando uma rarefação daquela atmosfera, obrigando o líquido a ceder o gás carbônico dissolvido para ocupar o espaço vazio, a fim de restituir a antiga pressão e isso criará uma pressão negativa dentro da garrafa. Assim mais gás terá de sair do liquido para preencher a garrafa.
O correto seria aumentar a pressão do ar dentro da garrafa a fim de impedir o gás carbônico de sair do líquido. Como fazer isso? Quem sabe fechar a garrafa normalmente, daí então aplicar um elástico forte em torno da garrafa para mantê-la pressionada? Isso aumentaria a pressão interna e o gás carbônico teria maior dificuldade para deixar o líquido.
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Como evitar que o pão fique duro de um dia para o outro?

A maciez do pão está relacionada à quantidade de água em seu interior. Se a água evapora, o pão fica duro.
Mas se guardarmos o pão dentro de um saco plástico, que é um material impermeável, ele não permitirá a saída da água do interior do pão pela evaporação natural e, por isso, ele continuará macio.
Num ambiente livre, a água evapora e o pão fica duro.



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Alta Voltagem realmente mata?

Durante um choque, o que importa não é a Voltagem – diferença de potencial elétrico entre um ponto e outro – e sim a Amperagem, que é a intensidade da corrente elétrica. 
Por uma lâmpada de 100 Watts passa, por exemplo, uma corrente elétrica de aproximadamente 900 mA (mili-Ampéres). 
Ao receber o choque, a pessoa funciona como uma ponte que transporta a corrente elétrica, já que o corpo humano, formado em grande parte por água e sal, é um bom condutor de eletricidade. O organismo é capaz de sentir uma corrente a partir de 1 mA. A partir daí até 9 mA ocorrerá um processo ligeiramente doloroso. De 9 a 20 mA, além da dor, a pessoa perde parte do controle muscular e não consegue largar o condutor. Acima disso, os problemas passam a ser mais graves, podendo causar a morte. 
Uma corrente de 75 mA produz a contração dos músculos do pulmão, provocando deficiência do sistema respiratório. Acima de 75 mA a descarga elétrica começa a interferir no coração, que também trabalha com mecanismo elétrico, provocando uma arritmia cardíaca. Mas esses números podem variar.
Se a corrente entrar pela mão e sair pelo pé da pessoa, o caminho que percorrerá é grande e também grandes os danos causados. Mas, se percorrer apenas os dedos, por exemplo, provocará queimaduras, mas raramente morte. As queimaduras acontecem porque o corpo funciona como o resistor do chuveiro, que transforma energia elétrica em calor. Pessoas com as mãos calejadas e secas são muito menos afetadas por um choque que uma com mãos finas e úmidas.
Na radiografia mais simples por exemplo, a corrente elétrica varia entre 1mA e 2 mA e a Voltagem é de aproximadamente 40 mil Volts.
Portanto, o que pode matar não é a Voltagem e sim a corrente elétrica.
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Como funcionam os pára-raios?

Há mais de duzentos anos os cientistas observaram que um condutor que apresenta em sua superfície uma região pontiaguda dificilmente se mantém eletrizado, pois a carga elétrica fornecida a ele escapa através da ponta.
Atualmente sabemos que o fenômeno que foi denominado de poder das pontas, ocorre porque, em um condutor eletrizado, a carga tende a se acumular nas regiões pontiagudas.
Assim, se aumentarmos continuamente a carga elétrica no condutor, a intensidade do campo elétrico em torno dele aumentará também gradativamente. Portanto, será nas proximidades da região pontiaguda que o ar se tornará condutor e, conseqüentemente, será através da ponta que a carga elétrica se escoará.
O poder das pontas encontra uma importante aplicação na construção dos pára-raios que, como você deve saber, foram inventados pelo cientista americano Benjamin Franklin no século XVIII.
Este cientista observou que os relâmpagos eram muito semelhantes às centelhas elétricas que ele via saltar entre dois corpos eletrizados em seu laboratório. Suspeitou, então, que os raios fossem enormes centelhas causadas por eletricidade que, por algum processo, desenvolvia-se nas nuvens. Para verificar sua hipótese, ele realizou uma perigosa experiência que se tornou famosa. Durante uma tempestade, Franklin empinou um papagaio de papel (pipa) na tentativa de transferir a eletricidade, que ele acreditava existir nas nuvens, para alguns aparelhos de seu laboratório. Ligando a linha do papagaio a estes aparelhos, Franklin verificou que eles adquiriam carga elétrica, comprovando que as nuvens realmente estavam eletrizadas.
Conhecendo o fenômeno do poder das pontas, Benjamin Franklin teve, então, a idéia de construir um dispositivo que exercesse uma proteção contra os efeitos desastrosos que os raios costumam provocar. 
Este dispositivo, o pára-raios, consiste essencialmente em uma ou várias pontas metálicas, e deve ser colocado no ponto mais elevado do local a ser protegido. O pára-raios é ligado à terra por meio de um bom condutor (fio metálico grosso) que normalmente termina em uma grande placa enterrada no solo. Quando uma nuvem eletrizada passa sobre o local onde o pára-raios foi colocado, o campo elétrico estabelecido entre a nuvem e a Terra torna-se muito intenso nas proximidades de suas pontas. Então, o ar em torno das pontas ioniza-se, tornando-se condutor e fazendo com que a descarga elétrica se processe através destas pontas. 


Em outras palavras, há maior probabilidade do raio cair no pára-raios do que em outro local da vizinhança. Naturalmente, como o pára-raios está ligado ao solo, a carga elétrica que ele recebe da nuvem é transferida para a terra sem causar danos. Estudos estatísticos mostram que a ação protetora do pára-raios se estende a uma distância aproximadamente igual ao dobro de sua altura.

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Como evitar danos aos chips de aparelhos eletrônicos?

Você já deve ter feito a experiência de esfregar a ponta de uma caneta num tecido e com ela atrair e levantar fios de cabelo e pedacinhos de papel. O mesmo acontece se você pentear o cabelo.
Também já sabe o que ocorre quando levanta uma capa plástica de livro e a aproxima do braço ou do cabelo (os pêlos ficam eriçados). Aprendeu, provavelmente, na escola que isso se deve ao fenômeno da eletricidade estática. O que poucas pessoas lembram é como isso pode afetar e até destruir computadores, chips de memória e outros componentes eletrônicos. Basta uma descarga de 30 Volts para danificar elementos mais sensíveis. Em geral, quase todos eles podem ser literalmente “torrados” com uma descarga de mil Volts.
Mas, você não precisa encostar um fio elétrico para destruir os chips: basta a sua mão.
Simplesmente caminhando sobre um carpete, você está acumulando uma carga de eletricidade estática acima de 35 mil Volts (em dias secos), ou de pelo menos 2 mil Volts (em dias úmidos). Em pisos de vinil, os números são de respectivamente 12 mil e 400 Volts. Mesmo que fique sentado(a) numa cadeira, a carga de eletricidade estática provavelmente já está acima de 18 mil Volts, valor igual ao de quando você segura um copo plástico de café.Mais de 5 mil Volts estão envolvidos na manipulação de uma simples fita adesiva, enquanto a capa plástica de arquivos ou livros apresenta uns 8 mil Volts. E você só começa a sentir alguma coisa diferente quando a carga em seu corpo já está acima de 3.500 Volts, mil vezes maior que a necessária para causar danos ao micro.
Por que você mesmo(a) não sente toda esta voltagem?
Primeiro, devido à baixíssima amperagem, muito menor que a encontrada na rede elétrica de sua casa. Isto é, o problema não é a carga elétrica em si, mas a rapidez com que ela é transferida de/para seu corpo. O choque é o resultado da transferência rápida de cargas elétricas, como quando você encosta em fios energizados e desprotegidos.
Repare como muitos eletricistas tocam num fio elétrico energizado e continuam trabalhando normalmente: o choque é muito fraco porque eles não estão fazendo grande transferência de cargas, já que não tocam simultaneamente no outro fio e usam sapatos que isolam o corpo do chão.
Pela mesma razão, os passarinhos nada sentem ao pousarem nos fios de alta tensão, entre os postes da rua: a distância entre os fios impede que os pássaros toquem em dois fios de cargas elétricas diferentes e criem o curto-circuito.
Como os microcircuitos trabalham com quantidades mínimas de energia, precisam ser altamente sensíveis à variação da Voltagem. Por isso, a carga eletrostática de seu corpo, ao ser transferida para esses circuitos, provoca grandes danos, mesmo que você não encoste neles. Da mesma forma como o raio transfere energia entre a nuvem e o solo, a proximidade do seu corpo com o chip pode provocar pequenas faíscas elétricas que você até nem percebe, ou mesmo a formação de um campo elétrico contrário na placa eletrônica (é a chamada indução elétrica).
No jargão dos especialistas internacionais em eletricidade, Zap significa golpe definitivo, queima completa dos componentes por cargas eletrostáticas; Zip - ou Zing - é um golpe parcial de cargas eletrostáticas nos componentes (bastam para o Zing 25% da Voltagem que causaria o Zap). Não são siglas, mas sim onomatopéias originadas das histórias em quadrinhos (isto é, palavras que o leitor associa a sons como os de um raio, por exemplo).
Os especialistas dizem que um componente “zapiado” é o que foi completamente queimado por uma carga eletrostática, enquanto o componente “zingado” é o que passa a apresentar, após a descarga, defeitos intermitentes.
Em média, 10% dos componentes são zapiados (totalmente queimados) e 90% zingados, quando atingidos por descargas eletrostáticas. Se o componente é zapiado, simplesmente não funciona mais, e isso é facilmente percebido. O pesadelo dos eletrotécnicos é quando o componente é zingado apenas, pois ele até passa nos testes elétricos, mas pode apresentar falhas - causadas por vibrações, variações de temperatura ou de carga elétrica - seis dias, seis semanas ou mesmo seis meses depois...É muito fácil evitar as descargas eletrostáticas. Não dá trabalho algum, é só uma questão de cuidado.
Ao lidar com componentes eletrônicos, evite utilizar roupas de lã, caminhar sobre carpetes ou estar diretamente exposto ao vento, principalmente nesta época do ano, onde a umidade relativa do ar é bem baixa.
Nunca toque em componentes eletrônicos ao sair de um veiculo em movimento, para se certificar que não há risco de descarga, toque em qualquer parte de metal. O mesmo se aplica ao trabalhar com computadores, sempre que necessário acessar os componentes internos de um micro, toque primeiramente no gabinete de metal. Técnicos que trabalham freqüentemente na montagem e manutenção, utilizam pulseiras anti-estáticas conectadas ao gabinete do PC ou qualquer outro ponto de aterramento. Existem também os “pads”, que são utilizados como tapetes e evitam o risco de descargas.
Um problema muito comum são chips de câmeras e MP3 players, que são altamente sensíveis a variações elétricas. Antes de manuseá-los, toque em qualquer tipo de metal, se não for possível, certifique-se de tocar apenas nas partes plásticas.
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Como é calculada a velocidade de uma bola de tênis?

A medição da velocidade de uma bola de tênis, é feita quando o atleta dá o saque. Para isso se usa um radar instalado a 6,7 m da linha de fundo da quadra. Ele emite um sinal em determinada freqüência (10,525 Megahertz), que dura desde o momento em que a bola é arremessada até ser rebatida pela raquete. O sinal bate na bola e volta para o radar com a freqüência alterada devido ao próprio movimento da bola. Um computador ligado ao radar informa, de acordo com a variação da freqüência, qual a velocidade da bola. A medição é feita de uma distância que vai de 3 pés (91,44 cm) a 7 pés (213,36 cm) à frente do tenista.
A velocidade da bola em um saque geralmente fica entre 150 km/h e 200 km/h. Alguns atletas são capazes de ultrapassar essa meta, como o suíço Marc Rosset que deu um saque de 215 km/h em 1991, em Wimbledon, na Inglaterra.
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Qual é o lugar mais seguro para se proteger dos raios?

O local mais seguro para se proteger dos raios, ao contrário do que muitos pensam, é o carro. Ele é um abrigo seguro em tempestades com raios. 
Quando o raio atinge um carro, as cargas elétricas se espalham pela superfície metálica externa sem atingir quem está dentro. Se o pneu estiver molhado pela chuva, as cargas passam por ele e descarregam no solo. Mesmo com pneu seco, elas se transformam em fagulhas e espalham pelo chão. 
Quem for pego por uma tempestade em local aberto, deve ficar agachado. Em pé, funcionará como pára-raios.
Os pés têm que ficar unidos. Quando um raio atinge o solo, se espalha de forma concêntrica. À medida que se afasta do centro, seu potencial elétrico diminui. Se alguém estiver com as pernas afastadas, o potencial em um dos pés será maior que em outro. A diferença permite a passagem de corrente elétrica pelo corpo, ou seja, o choque.
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Por que sentimos calor quando a temperatura ambiente é de 36oC se a temperatura normal do corpo humano varia entre 36oC e 37oC?

O corpo humano, quando realiza atividades normais como andar ou escrever, e até mesmo suas funções orgânicas, produz e libera calor. Se a temperatura exterior for maior ou igual à do corpo, este terá dificuldade em fazer trocas com o ambiente e acumula calor. Para que isso não aconteça, o organismo possui mecanismos com os quais se protege tanto do frio como do aquecimento excessivo.
O sistema nervoso precisa ser avisado de como está a temperatura exterior para se defender. Por isso a pele possui dois tipos de receptores de temperatura: um com sensibilidade maior entre 23o C e 28o C e outro que varia de 38o C a 43o C.
São esses receptores que avisam o sistema nervoso quando a temperatura ultrapassa ou fica abaixo do ideal de um organismo, fazendo com que a pessoa sinta frio ou calor. Dessa maneira, os reflexos que controlam os níveis internos do organismo são ativados. Enquanto a dilatação dos vasos sangüíneos e o suor eliminam calor, o tremor e o eriçamento dos pêlos evitam que ele saia do organismo.
É por esse motivo que sentimos um calor insuportável quando a temperatura externa atinge mais de 36o C, ainda que a média normal do nosso corpo esteja entre 36o C e 37o C.
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Por que sentimos choque quando batemos o cotovelo?

O “choque” do cotovelo é um engano dos sentidos, conhecido como parestesia, que pode simular também picadas, queimaduras e outras sensações não causadas por estímulos externos. 
Na região do cotovelo encontra-se o nervo ulnar, que fica muito exposto, ele tem de 5 a 8 mm de espessura e está apertado dentro de um canal estreito que fica muito exposto. Quando dobramos o braço, o canal se estica e o empurra ainda mais para fora, e por isso é fácil tocá-lo diretamente. 
A função dos nervos é transmitir mensagens, traduzindo sensações percebidas pelos receptores sensoriais (de tato, temperatura, dor, etc), através de impulsos elétricos. Para cada sensação existe um padrão – um código – de descarga elétrica, de milésimos de Volt. Ao ser estimulado diretamente, o nervo ulnar, no caso de uma pancada, a descarga liberada – a mensagem enviada ao cérebro – é do mesmo padrão de uma descarga que codifica um choque elétrico.
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Como funciona o fusível?

O fusível é um dispositivo de proteção cuja função é evitar que um excesso de corrente danifique as partes de um circuito elétrico. 
Consiste de um pedaço de condutor que, a partir de um certo valor de corrente, se aquece consideravelmente por efeito Joule e se funde. 
Assim, se houver um excesso de corrente no circuito, o fusível se funde e interrompe o circuito.
Quando a corrente está abaixo do limite do fusível, este não atua; ele é um condutor praticamente ideal intercalado no circuito. Se a corrente atinge o limite, ele se aquece e se funde, abrindo o circuito.
Os tipos mais utilizados são o fusível de rosca e o fusível de cartucho.
Um elemento alternativo ao fusível é o disjuntor, uma chave que se abre com excesso de corrente, mas não queima, podendo ser fechada novamente.
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Qual é a maior temperatura que o organismo humano pode tolerar?

O ser humano pode tolerar o calor mais do que pensa.
Nas latitudes meridionais, pode suportar uma temperatura muitíssimo superior aquela que dificilmente toleraria em regiões temperadas. Na Austrália Central, a temperatura de verão chega, freqüentemente, a 46o C à sombra. Algumas vezes, chegou até a 55o C à sombra. Nas cabinas de navios que cruzam o Mar Vermelho em direção ao Golfo Pérsico, a temperatura tem-se elevado a 50o C e até mais, a despeito da contínua ventilação.
A temperatura natural mais elevada, já observada no mundo foi de 58o C, registrada na cidade de El Azizia, perto de Trípoli, na Líbia, norte da África, em 13 de setembro de 1922.
Provavelmente, você se deu conta que as temperaturas mencionadas foram registradas à sombra. Explicarei por quê. Porque o termômetro registra a temperatura real do ar apenas à sombra. Afinal de contas, se fosse exposto ao Sol, teria um aquecimento muito superior ao do ar circundante. Em resumo não tem sentido referir-se a leituras de termômetros expostos ao Sol, quando se fala em ondas de calor.
Foram planejadas experiências para determinar a temperatura máxima que o corpo humano pode tolerar.
Descobriu-se que, quando nos aquecemos gradualmente em ar seco, podemos tolerar temperaturas acima do ponto de ebulição da água (100o C), até 160o C, como o foi demonstrado pelos físicos britânicos, Blagden e Chentry, que para realizar a experiência, passaram horas a fio num forno de padaria aquecido.
A explicação está no fato de que o corpo realmente repele esta temperatura, mantendo-a próxima ao normal. Resiste ao calor, transpirando abundantemente. O suor da transpiração absorve boa parte do calor da camada de ar que envolve imediatamente o corpo, abaixando adequadamente a temperatura. Os fatos essenciais a serem observados são, no tocante do corpo não entrar em contato direto com a fonte de calor, e, no tocante ao ar, ser absolutamente seco.
É muito mais fácil permanecer numa temperatura de 37o C, num local seco, onde as chuvas são poucas e espaçadas, do que numa onda de calor de 24o C, num local úmido.
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Como é que peixes que habitam lagos congelados sobrevivem?

Em locais onde a temperatura é negativa, chegando a muitos graus abaixo de zero, lagos ficam congelados. Mas os lagos congelam só na superfície, porque a camada de gelo funciona como um tipo de cobertor.
O gelo é mau condutor de calor e impede que a água que está abaixo continue a perder calor em direção à atmosfera.
Com isso, a temperatura da água que está em regiões mais profundas não diminui e ela se mantém líquida.
No mar, acontece o mesmo fenômeno. A diferença é que a água dos lagos congela a 0o C e nos mares, por ser salgada, a menos 1,8o C.
Além do isolamento térmico, o calor armazenado no verão pelo solo do fundo dos lagos é liberado, ajudando a manter a temperatura alta, e as correntes de águas quentes ajudam a manter o mar aquecido.
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Por que a água é líquida se é formada por dois gases?

A água é formada pela composição de dois gases, hidrogênio e oxigênio (H2O). Mas mesmo sendo uma mistura de dois gases é líquida porque a ligação entre o oxigênio e o hidrogênio é forte. Eles têm capacidades diferentes para atrair elétrons.
O oxigênio atrai mais elétrons e fica com carga negativa, enquanto o hidrogênio cede elétrons e fica com carga positiva. Como cargas opostas se atraem, as moléculas unem-se formando um líquido.
O estado físico de uma substância - sólido, líquido, gasoso - depende da força de atração entre suas moléculas. Essa força é fraca para substâncias simples, ou seja, formadas por átomos do mesmo elemento. Como a água é formada por dois elementos diferentes, essa força aumenta.
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Como surgiu a unidade de medida de velocidade náutica "nó"?

Os primeiros barcos a viajarem em alto-mar eram dotados de uma espécie de velocímetro bastante primitivo. Consistia em uma corda com uma das extremidades amarrada numa espécie de prancha pesada de madeira, e a outra a um cilindro, também de madeira. Essa corda era marcada com nós em intervalos regulares de 14,3 metros. 
Quando o barqueiro desejava saber a velocidade da embarcação, a prancha com a corda atada era lançada ao mar. Com o barco em movimento, a água freava a prancha, o que fazia com que a corda, amarrada ao cilindro que permanecia no barco, fosse desenrolando. Com a ajuda de um relógio de areia, o barqueiro observava quantos nós se desenrolavam em um determinado período de tempo. Estava definida a velocidade.
Atualmente, esse método rudimentar não é mais usado, mas a palavra nó continua a ser utilizada para a medição da velocidade dos barcos. Um nó, nos dias atuais, eqüivale a 1.852 metros por hora.
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Por que o gelo cola nos dedos?

A temperatura do gelo que está no congelador é de aproximadamente – 1o C ou – 2o C. Essa temperatura é suficiente para fazer a água que forma a umidade natural da mão congelar por alguns segundos.
Nesse momento, tanto as moléculas dessa umidade como as do gelo ficam mais próximas. Isso cria a adesão, pois o princípio da cola é justamente a aproximação de moléculas. A força de atração entre a mão e o gelo, ou outro objeto congelado, acaba segundos depois, quando a umidade derrete.

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Como surgiram as unidades de medida: milhas náutica e terrestre?

A origem de uma milha terrestre, sistema de medida ainda em uso na Inglaterra e Estados Unidos, teve como base o mille passus, uma unidade de comprimento utilizada pelo exército romano que correspondia a 1.000 passos dados por um centurião, comandante de uma das milícias. Os passos do centurião tomados como base eram duplos, mais largos que o normal, e a medida encontrada foi o eqüivalente a 63.360 polegadas ou 1.609,344 metros.
Já a milha náutica ou marítima é estabelecida de forma científica. A Terra possui um formato arredondado e por isso qualquer linha a contorná-la terá 360o. A linha do Equador mede aproximadamente 40.000 quilômetros. Dividiu-se então esse perímetro por 360o, e depois por 60, pois um grau corresponde a 60 segundos. O valor encontrado é uma milha marítima, ou   1.853,25 metros. Por convenção nacional esse valor é arredondado para 1.852 metros.

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Por que o gelo seco não se umedece e nem umedece as coisas com as quais entra em contato?

O gelo seco é a forma sólida do gás carbônico (CO2).
O processo de fabricação começa com a queima do carvão em caldeiras, a fumaça eliminada é filtrada e o gás carbônico que contém é absorvido por uma solução alcalina. O gás carbônico puro, separado posteriormente, por aquecimento, é, então, liqüefeito mediante sua compressão em tanques, sob uma pressão de 70 atmosferas. A seguir, elimina-se bruscamente a pressão. Ao expandir-se, o gás restante no tanque absorve tanto calor que o líquido se solidifica a uma temperatura de - 78,5 C.

Exteriormente, parece-se mais com neve comprimida do que com gelo e em geral difere grandemente da água solidificada. É mais pesado do que o gelo comum, e afunda na água. 
A despeito de sua temperatura extremamente baixa, - 78,5o C, se você o pegar cuidadosamente não sentirá frio, porque o gás de dióxido de carbono, que se forma ao contato com os dedos aquecidos, protege a pele contra o frio. Entretanto, se você o pegar fortemente, correrá o risco de congelar os dedos.
O nome de gelo seco é extremamente adequado, pois, dá ênfase ao seu aspecto físico mais saliente. De fato, nunca se umedece nem umedece, as coisas com as quais entra em contato. Aquecido, imediatamente se converte em gás, abandonando o estado líquido, porque o dióxido de carbono não pode existir neste estado a uma pressão de somente uma atmosfera. Esta característica do gelo seco, juntamente com sua temperatura baixa torna-o um valioso agente de esfriamento para finalidades práticas. Os produtos conservados com seu auxilio nunca se umedecem e, além disso, são protegidos contra a deterioração – por fungos e mofos – pelo gás de dióxido do carbono, que impede o desenvolvimento de microorganismos. Nem insetos, nem roedores podem viver nessa atmosfera.
O gelo seco costuma também ser muito utilizado em shows e danceterias, pois quando em contato com o ar, a substância desprende vapores por sublimação (evaporação de um sólido sem passar pelo estado líquido). Esses vapores, parecidos com uma espessa névoa, são geralmente aproveitados para criar efeitos especiais no cinema e no teatro.
Não faz mal para o organismo, mas pode provocar um mini-efeito estufa em lugar fechado. O gás carbônico absorve muito o calor e esquenta o local.
Finalmente, o dióxido de carbono constitui um poderoso auxiliar no combate ao fogo. Alguns pedaços de gelo seco atirados em gasolina incendiada extinguirão imediatamente as chamas. Tudo isto contribuiu para popularizá-lo na indústria e no lar.
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