Durante um choque, o que importa não é a Voltagem – diferença de potencial elétrico entre um ponto e outro – e sim a Amperagem, que é a intensidade da corrente elétrica.
Por uma lâmpada de 100 Watts passa, por exemplo, uma corrente elétrica de aproximadamente 900 mA (mili-Ampéres).
Ao receber o choque, a pessoa funciona como uma ponte que transporta a corrente elétrica, já que o corpo humano, formado em grande parte por água e sal, é um bom condutor de eletricidade. O organismo é capaz de sentir uma corrente a partir de 1 mA. A partir daí até 9 mA ocorrerá um processo ligeiramente doloroso. De 9 a 20 mA, além da dor, a pessoa perde parte do controle muscular e não consegue largar o condutor. Acima disso, os problemas passam a ser mais graves, podendo causar a morte.
Uma corrente de 75 mA produz a contração dos músculos do pulmão, provocando deficiência do sistema respiratório. Acima de 75 mA a descarga elétrica começa a interferir no coração, que também trabalha com mecanismo elétrico, provocando uma arritmia cardíaca. Mas esses números podem variar.
Se a corrente entrar pela mão e sair pelo pé da pessoa, o caminho que percorrerá é grande e também grandes os danos causados. Mas, se percorrer apenas os dedos, por exemplo, provocará queimaduras, mas raramente morte. As queimaduras acontecem porque o corpo funciona como o resistor do chuveiro, que transforma energia elétrica em calor. Pessoas com as mãos calejadas e secas são muito menos afetadas por um choque que uma com mãos finas e úmidas.
Na radiografia mais simples por exemplo, a corrente elétrica varia entre 1mA e 2 mA e a Voltagem é de aproximadamente 40 mil Volts.
Portanto, o que pode matar não é a Voltagem e sim a corrente elétrica.
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