A capacidade de certas espécies de peixes de produzir eletricidade eqüivale a um ‘sexto sentido’ utilizado para localizar e capturar presas e também como defesa contra predadores.
Entre esses peixes, destacam-se as arraias, torpedos, enguias e ainda o poraquê, encontrado na Amazônia.
poraquê |
Os órgãos elétricos localizam-se ao longo de quase todo o corpo e são capazes de gerar descargas de até 600 Volts. Derivam de tecidos musculares modificados, que, em vez de usar impulsos elétricos para se contrair, como fazem os músculos comuns, liberam essa energia para o meio ambiente.
Surge assim, à volta do peixe, um campo elétrico que, ao ser modificado pela presença de um corpo estranho, alerta o peixe, e este então emite uma descarga elétrica no intruso.
arraia elétrica |
ornitorrinco |
O ornitorrinco, animal que vive na Austrália e que constitui uma forma de transição entre répteis e mamíferos, localiza as presas por atividade elétrica. Os órgãos sensoriais responsáveis por isso distribuem-se nas bordas do bico.
Mais da metade do corpo de uma enguia está disposto como uma bateria de automóvel. Há filas e filas de pequenas chapas envolvidas por um líquido. Numa bateria, as chapas são de metal.
Para conseguir uma forte corrente elétrica de uma bateria, basta ligá-la com um fio de cobre. A parte elétrica de uma enguia é ligada da mesma forma. Cordas vivas, chamadas nervos, tomam o lugar dos fios.
Uma enguia pode produzir uma corrente elétrica de forma circular indo de sua cabeça, através da água, até sua cauda, e de volta através de seu corpo até sua cabeça novamente. Essa corrente pode ser forte o bastante para repelir um homem. Os cientistas conseguem ligar lâmpadas elétricas com ela. Porém, eles têm o cuidado de se proteger com luvas de borracha para evitar os choques.
A enguia-elétrica é um dos poucos animais capazes de abater suas presas por eletrocução (descarga elétrica). Esse peixe que vive nos rios da Amazônia, chega a atingir 2,5 m de comprimento e pesar até 22 Kg. Possui três pares de órgãos elétricos ao longo de cada dorso, podendo com eles gerar uma descarga de baixa intensidade, que usa para enxergar o ambiente a sua volta. Quando em perigo ou durante a caça, a enguia-elétrica consegue descarregar de uma só vez os órgãos elétricos, produzindo um choque de 600 V durante 0,2 s. Isso é suficiente para atordoar um ser humano.
Serpente elétrica não é realmente o nome adequado para essa criatura. Embora pareça pertencer à família das serpentes, é como se fosse um peixe. Porém não possui guelras para respirar. Em vez disso, ela sobe à superfície para tomar ar.
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