Para que serve o aerofólio de um carro de Fórmula 1?

A função do aerofólio é diminuir as turbulências causadas pelo vento. Graças a ele, os carros de corrida alcançam velocidades maiores sem necessidade de motores mais potentes. 
O segredo está na aerodinâmica; os aerofólios tem a forma das asas dos aviões, só que montados ao contrário.
A cauda do avião tem duas pequenas asas, chamadas estabilizadores (o vertical, com o leme, e o horizontal, com profundores), que o piloto usa para controlar a direção do avião. Ambos são aerofólios simétricos e têm grandes flapes, controlados pelo piloto para alterar suas características de sustentação.  


Enquanto, nos aviões, a borda posterior das asas é virada para baixo, nos carros de fórmula 1 é virada para cima. Assim, o ar flui por baixo do aerofólio mais rapidamente, a uma pressão menor do que por cima. 
Com isso, o ar que flui por cima cria uma pressão aerodinâmica – da ordem de centenas de quilos – que comprime o carro contra o asfalto e garante a estabilidade. A pressão ideal é conseguida variando-se o ângulo de montagem.
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Por que é que existe dia e noite?

A Terra não se encontra parada no espaço, apresenta dois movimentos:
* o de translação, que esta realiza em torno do Sol;
* o de rotação, que realiza em torno do seu próprio eixo.
O dia e a noite acontecem devido ao movimento de rotação da Terra. Este movimento demora 24 horas, ou seja, um dia. 
O sol ilumina a Terra, mas como esta se encontra girando continuamente, os raios solares não atingem com a mesma intensidade toda a sua superfície. 

Na parte da Terra que se encontra virada para o Sol e que está totalmente iluminada, é dia. Enquanto que na outra parte será a noite, pois os raios solares não conseguem atingir essa superfície, não recebendo luz, ficando sem iluminação. 
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É possível atravessar a Terra através de um poço?

Se um poço de 7 m de diâmetro fosse escavado através da Terra, um tijolo que caísse dentro dele teoricamente iria oscilar para sempre de uma extremidade a outra. 
A medida que o tijolo fosse descendo, sua velocidade aumentaria, devido a atração gravitacional. Ao passar pelo centro da Terra sua velocidade alcançaria o máximo; a partir desse ponto começaria a frear, pois então estaria sendo atraído em sentido inverso pela gravidade, até alcançar a boca oposta do poço. Dali voltaria a cair ou a subir, como se tivesse sido jogado novamente e assim sucessivamente. 


Para que isso acontecesse, o poço ideal teria de ser feito de pólo a pólo, a fim de que a rotação da Terra não interferisse no movimento, seria necessário o vácuo no interior do buraco, para que não houvesse resistência do ar; e finalmente, o tijolo teria de ser resistente ao calor do interior da Terra. 
Observadas essas condições, calcula-se que a viagem de um lado a outro do poço demoraria cerca de 45 minutos.
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Como é gerada a eletricidade nos peixes elétricos?

A capacidade de certas espécies de peixes de produzir eletricidade eqüivale a um ‘sexto sentido’ utilizado para localizar e capturar presas e também como defesa contra predadores. 
Entre esses peixes, destacam-se as arraias, torpedos, enguias e ainda o poraquê, encontrado na Amazônia. 
poraquê
Os órgãos elétricos localizam-se ao longo de quase todo o corpo e são capazes de gerar descargas de até 600 Volts. Derivam de tecidos musculares modificados, que, em vez de usar impulsos elétricos para se contrair, como fazem os músculos comuns, liberam essa energia para o meio ambiente. 
Surge assim, à volta do peixe, um campo elétrico que, ao ser modificado pela presença de um corpo estranho, alerta o peixe, e este então emite uma descarga elétrica no intruso.
arraia elétrica
A arraia-elétrica atordoa suas presas aplicando-lhes uma potente descarga, de até 220 V, produzida em órgãos especiais existentes na cabeça e no dorso.
ornitorrinco
O ornitorrinco, animal que vive na Austrália e que constitui uma forma de transição entre répteis e mamíferos, localiza as presas por atividade elétrica. Os órgãos sensoriais responsáveis por isso distribuem-se nas bordas do bico.
Mais da metade do corpo de uma enguia está disposto como uma bateria de automóvel. Há filas e filas de pequenas chapas envolvidas por um líquido. Numa bateria, as chapas são de metal. 
enguia elétrica
Numa enguia, são de matérias vivas, algo assim como músculos.
Para conseguir uma forte corrente elétrica de uma bateria, basta ligá-la com um fio de cobre. A parte elétrica de uma enguia é ligada da mesma forma. Cordas vivas, chamadas nervos, tomam o lugar dos fios.
Uma enguia pode produzir uma corrente elétrica de forma circular indo de sua cabeça, através da água, até sua cauda, e de volta através de seu corpo até sua cabeça novamente. Essa corrente pode ser forte o bastante para repelir um homem. Os cientistas conseguem ligar lâmpadas elétricas com ela. Porém, eles têm o cuidado de se proteger com luvas de borracha para evitar os choques.
A enguia-elétrica é um dos poucos animais capazes de abater suas presas por eletrocução (descarga elétrica). Esse peixe que vive nos rios da Amazônia, chega a atingir 2,5 m de comprimento e pesar até 22 Kg. Possui três pares de órgãos elétricos ao longo de cada dorso, podendo com eles gerar uma descarga de baixa intensidade, que usa para enxergar o ambiente a sua volta. Quando em perigo ou durante a caça, a enguia-elétrica consegue descarregar de uma só vez os órgãos elétricos, produzindo um choque de 600 V durante 0,2 s. Isso é suficiente para atordoar um ser humano.
Serpente elétrica não é realmente o nome adequado para essa criatura. Embora pareça pertencer à família das serpentes, é como se fosse um peixe. Porém não possui guelras para respirar. Em vez disso, ela sobe à superfície para tomar ar.
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Por que as bolas de golfe têm cavidades?

Originalmente, as bolas de golfe eram lisas, mas os jogadores perceberam que as bolas mais velhas, que tinham cortes, inchaços e talhas pareciam ir mais longe.
Em algum momento, um especialista em aerodinâmica deve ter observado este fato e percebeu que os cortes estavam agindo como "turbuladores", eles induziam a turbulência na camada de ar próxima à bola. Em algumas situações, uma camada de fronteira turbulenta reduz a resistência do ar.
A bola de golfe é cheia de pequenos buracos porque os sulcos, ou alvéolos, diminuem a resistência do ar. Assim, ela consegue atingir uma distância quase duas vezes maior do que uma bola lisa do mesmo tamanho, feita com material idêntico.


Quando uma esfera lisa ou perfurada é lançada, seu deslocamento provoca a formação de várias correntes de ar, que, por atrito, dificultam a movimentação para frente. No caso da bola de golfe, cada um dos cerca de 330 alvéolos criam uma pequena turbulência. São minicorrentes de ar que se somam e acabam empurrando a corrente principal, a maior e a que mais espalha, para trás.
Assim, a resistência do ar, que tende a frear a bola, passa a ser menor. A bola pode, então, se deslocar por uma longa distância.
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Por que os pólos magnéticos da Terra não coincidem com os pólos geográficos?

Os pólos magnéticos da Terra não coincidem com os pólos geográficos devido à movimentação de cargas elétricas, que desloca o eixo magnético do planeta.
Em 1600, o médico e físico inglês William Gilbert (1544-1603) descobriu que o globo terrestre tinha as mesmas características magnéticas de um ímã. 
Foi ele quem concluiu que uma bússola se alinha na direção norte-sul por ser esta direção aproximada do eixo magnético da Terra. Os pontos em que esse eixo corta a superfície terrestre não são fixos; os chamados pólos geomagnéticos distam cerca de 800 quilômetros dos pólos geográficos. 


Atualmente, a teoria mais aceita para explicar o geomagnetismo é a do físico alemão Walter Maurice Elsasser, nascido em 1904. Ele afirmou que o campo magnético da Terra é gerado por correntes elétricas que fluem no núcleo metálico e líquido do planeta. A movimentação desse líquido, ao fazer com que as correntes elétricas mudem de direção constantemente, causaria a variação do campo magnético.
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Como funciona a garrafa térmica?

Garrafa térmica ou vaso de Dewar é um aparelho com o objetivo de conservar a temperatura do seu conteúdo, no maior intervalo de tempo possível. 
Logo, para entender como funciona a garrafa térmica, devemos saber que as paredes dessa garrafa não devem permitir a passagem de calor através delas.
A propagação de energia térmica se efetua por três modos diferentes: condução, convecção e radiação.
Para evitar trocas de calor por condução, a ampola interna da garrafa é feita de vidro (mau condutor de calor) com paredes duplas, entre as quais se faz vácuo, que quase não conduz calor, já que há poucas moléculas para realizar essa tarefa.
Para isolar a garrafa das possíveis correntes de convecção (processo que ocorre com movimento de partículas), coloca-se uma tampa bem fechada.
A troca de calor por radiação é evitada espelhando as superfícies interna e externa da ampola, assim, as ondas eletromagnéticas são refletidas, tanto do conteúdo para fora como do ambiente para dentro da garrafa.


Desta maneira, a temperatura no interior da garrafa é mantida por algumas horas. Mas, como a vedação não é perfeita, com o tempo o líquido vai esfriando ao entrar em equilíbrio térmico com o meio exterior.
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