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Por que um objeto lançado de um veículo em movimento não cai onde foi lançado?


Imagine-se num avião no céu. Você olha para baixo e vê lugares familiares, você está se aproximando da casa de seu amigo. 
Pensa que não seria má idéia mandar-lhe uma mensagem. Você rabisca rapidamente algumas palavras em sua caderneta, destaca a folha de papel, embrulha-a com algum objeto pesado, que para maior conveniência, chamaremos daqui por diante de “peso”, e atira-a logo que a casa de seu amigo esteja bem em baixo. Se você julga que ela cairá no jardim de seu amigo, está completamente enganado. Você errará  tão certo como dois e dois são quatro, mesmo que a casa de seu amigo esteja diretamente abaixo. Se você observasse o peso caindo, veria algo estranho. Enquanto cai, o peso continuará viajando sob o avião, como se estivesse atado por um fio invisível. E quando cair ao solo, errará o alvo por uma grande distância.
É uma nova manifestação da mesmíssima lei da inércia. Enquanto estava no avião, o peso se movia com ele. Mas, ao cair e separar-se do avião, ele não perde sua velocidade inicial. 
Continua a mover-se na mesma direção do avião. Ambos os movimentos, o perpendicular e o horizontal, combinam-se e, conseqüentemente, a carga traça uma trajetória curva, que a conserva sob o avião com a condição evidente de que a aeronave não se desvie do curso original ou voe com maior velocidade. 
De fato, o peso segue a mesma trajetória de um corpo lançado horizontalmente: uma bala disparada de um rifle apontado horizontalmente, por exemplo, traçaria uma trajetória em forma de arco que terminaria no solo.
Observe que tudo que mencionei acima seria válido se não existisse a resistência oposta pelo ar. Na realidade, ela impede tanto o movimento horizontal como o vertical, e o resultado é que o peso gradualmente atrasa-se em relação ao avião.
Num dia sem vento, um peso lançado de um avião voando a 100 km/h a uma altitude de 1.000 m cairá a uns 400 m do ponto que estava diretamente abaixo do avião quando o peso foi solto.

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