Como funcionam as usinas hidrelétricas?

A força hidrelétrica começou a ser utilizada em meados do século 20, mas a idéia de usar a água para gerar energia existe há milhares de anos. Uma usina hidrelétrica é, na verdade, um moinho de água gigante.
Há mais de 2.000 anos, os gregos utilizavam moinhos de água para transformar trigo em farinha. Estes antigos moinhos de água são como as turbinas modernas, que giram quando o fluxo de água atinge as lâminas.
As usinas hidrelétricas são construídas em locais onde se pode melhor aproveitar as influências e os desníveis dos rios, que geralmente estão distantes dos centros consumidores. O sistema eletroenergético brasileiro opera de forma coordenada, buscando dessa forma minimizar os custos globais de produção de energia étrica.
Um dos destaques no Brasil é a Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, maior produtora de energia no mundo, e um empreendimento binacional - desenvolvido pelo Brasil e pelo Paraguai no rio Paraná. 
O Brasil está entre os cinco maiores produtores de energia hidrelétrica no mundo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
A usina de Itaipu é, atualmente, a maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece 16,4% da energia consumida no Brasil e abastece 71,3% do consumo paraguaio.
Itaipu produziu em 2010 um total de 85.970.018 Megawatts-hora (85,97 milhões de MWh), o suficiente para suprir todo o consumo do Paraná durante três anos e sete meses. Ou então, os três Estados da região Sul por um ano e dois meses. O mesmo volume ainda abasteceria a demanda de Portugal por energia elétrica durante um ano e oito meses.
O recorde histórico de produção de energia ocorreu em 2008, com a geração de 94.684.781 Megawatts-hora (MWh).  O recorde anterior foi em 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh.
O princípio básico de uma usina hidrelétrica, é usar a força de uma queda d'água para gerar energia elétrica. Essas usinas possuem enormes turbinas, parecidas com cata-ventos gigantes, que rodam impulsionadas pela pressão da água de um rio represado. Ao girar, as turbinas acionam geradores que produzirão energia. No Brasil, as hidrelétricas são as principais responsáveis pela luz que não nos deixa no escuro. 

Os componentes básicos de uma usina hidrelétrica convencional são:
* barreira - a maioria das usinas hidrelétricas utiliza uma barreira que segura a água e cria um grande reservatório. 
* canal - os portões da barreira se abrem e a gravidade puxa a água através do duto que vai para a turbina. A água gera pressão ao passar pelo duto;
* turbina - a água atinge as grandes lâminas da turbina, fazendo-as girar. A turbina é acoplada a um gerador localizado acima dela. O tipo mais comum de turbinas para as usinas hidrelétricas é a Francis, que se parece com um grande disco com lâminas curvas. Uma turbina pesa cerca de 172 toneladas e gira numa taxa de 90 rotações por minuto (rpm), de acordo com a FWEE (Foundation for Water & Energy Education);
* geradores - as lâminas da turbina giram e movimentam uma série de ímãs dentro do gerador. Ímãs gigantes rodam por molas de cobre e produzem corrente alternada (AC) ao mover os elétrons;
* transformador - o transformador dentro da casa de força transforma a corrente alternada em uma corrente de alta-voltagem;
* linhas de energia - quatro fios saem de cada usina de energia: as três fases de energia, que são produzidas simultaneamente, mais um fio neutro ou terra comum para os três;
* fluxo de saída - a água usada passa por algumas tubulações e volta para o rio;
A água no reservatório é considerada energia armazenada. Quando o portão se abre, a água que passa pelo duto se torna energia cinética. A quantidade de eletricidade gerada é determinada por vários fatores. Dois destes fatores são o fluxo de água e a quantidade de cabeças hidráulicas. A "cabeça" se refere à distância entre a superfície da água e as turbinas. O aumento da cabeça e do fluxo gera mais eletricidade. A cabeça depende da quantidade de água no reservatório.
Quando há um período grande de seca, os rios perdem volume e o nível do reservatório das usinas cai, diminuindo a força da queda d'água. Assim, as turbinas giram mais lentamente e produzem menos energia. Após a crise de 2001, o governo ampliou os planos para construir usinas movidas a queima de gás natural.
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Por que pássaros que pousam em fios de alta tensão não são eletroculados?

Muitas pessoas ficam intrigadas ao verem um pássaro pousado em fio de alta tensão, sem ser eletrocutado. 
Este fato é possível porque quando o pássaro pousa na rede elétrica suas duas patas ficam apoiadas no mesmo fio. Nessa situação, deve-se considerar o corpo do pássaro pousado no fio como uma ramificação de um circuito elétrico, cuja resistência é tremenda comparada com a outra ramificação do circuito, ou seja, a pequeníssima distância entre as patas do pássaro. Portanto, a intensidade da corrente elétrica passando pelo seu corpo é insignificante e conseqüentemente, inofensiva.
A corrente elétrica que passa através de um organismo vivo é a única responsável pela morte de suas células. Uma vez que o organismo possui uma resistência elétrica definida, a corrente que passa através do mesmo é determinada por sua voltagem nominal.
O que faz a corrente elétrica fluir é a diferença de potencial entre dois pontos.


A história é diferente quando o pássaro toca qualquer parte do corpo em outro lugar enquanto mantém os pés no fio. Se ele encostar a asa em um poste e continuar usando a linha como poleiro, por exemplo, a diferença de potencial chega a 7.600 Volts. Isso geraria uma corrente violenta, capaz de transformar o pobre animal em uma porção bem torrada de passarinho. 
Já quando eles pousam na superfície dos transformadores eles são praticamente torrados porque provocam uma súbita diferença de potencial entre o transformador que está em contato com o poste e logo com o solo.
É justamente por esse motivo que os técnicos que fazem a manutenção da rede elétrica tomam todos os tipos de precaução enquanto trabalham - a principal delas é manter uma distância segura do poste na hora do conserto.
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Por que a pressão do pneu de bicicleta é maior que a do pneu de trator?

O pneu da bicicleta tem área menor. 
E, segundo uma lei da Física, quanto menor a área, maior a pressão (pressão = força sobre área). 
Um pneu do tipo utilizado nas bicicletas de corrida com 10 marchas, por exemplo, precisa de 5.600 a 6.300 gramas por centímetro quadrado (80 a 90 libras por polegada quadrada) para manter a rigidez, enquanto um trator consegue o mesmo resultado com uma pressão entre 700 e 1.400 gramas por centímetro quadrado (10 e 20 polegadas por centímetro quadrado).
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Como é fabricado o gelo seco?

Gelo-seco é o nome popular para o dióxido de carbono solidificado ao ser resfriado a uma temperatura inferior a -78,5ºC.
O processo de fabricação começa com a liquefação do gás, mediante sua compressão em tanques e resfriamento até -20ºC. A seguir elimina-se bruscamente a pressão.
Ao expandir-se, o gás restante no tanque absorve tanto calor que o líquido se solidifica a uma temperatura de -78,5ºC. 
Se o ar quente sopra sobre o gelo-seco, forma-se uma nuvem branca densa, que permanece ao nível do chão, efeito às vezes utilizado no teatro.
O gelo-seco também é usado como recurso de refrigeração. À medida que o gelo-seco aquece, ele transforma-se em dióxido de carbono gasoso - e não em líquido. A temperatura muito gelada e a característica de passar diretamente para o estado gasoso (sublimação) fazem do gelo-seco uma excelente opção para refrigeração. 
Por exemplo, se você quer atravessar de um ponto a outro do Brasil com uma carne (ou outro produto) congelada, você pode cobri-la com gelo-seco. O produto ficará congelado a viagem inteira até chegar ao destino - e nada ficará molhado, diferente do que aconteceria se fosse usado gelo normal (à base de água). 
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Qual é a velocidade de queda da chuva?

A cada segundo, caem sobre a Terra em forma de chuva, 16 bilhões de litros de água.
A altitude mínima das nuvens de chuva é de 1.200 metros. Um objeto que tenha o mesmo peso e tamanho de uma gota de chuva, quando cai dessa altura, se acelera continuamente e cai  ao chão a uma velocidade de 558 km/h. Certamente, qualquer objeto que se choque com o chão a essa velocidade, provocará um grande dano. Se a chuva caísse da mesma forma, todas as terras cultivadas seriam destruídas, áreas residenciais, casas e carros seriam danificados, as pessoas não poderiam andar sem tomar as devidas precauções. 
Notem que esses cálculos foram feitos apenas para as nuvens de 1.200 metros de altura, ao passo que existem também nuvens de chuvas a uma altitude de 10.000 metros. Uma gota de chuva caindo dessa altura certamente alcançaria uma velocidade destrutiva.
Mas, não é como funciona; não importa de que altura a chuva caia, a média de velocidade de chuva é de apenas 8-10 km/h quando alcança o solo. A razão para isto é a forma especial que suas gotas têm. Esta forma especial aumenta o efeito de fricção da atmosfera e impede a aceleração quando as gotas de chuva atingem a uma certa velocidade "limite". (Hoje em dia, os paraquedas são desenhados usando-se essa técnica).
Nas camadas atmosféricas onde a chuva começa, a temperatura pode atingir a - 400º C. Apesar disto, as gotas de chuva nunca se transformam em partículas de gelo, o que poderia significar uma ameaça fatal para as coisas vivas sobre a terra. A razão para isto é que a água na atmosfera é água pura. Como é sabido, a água pura dificilmente congela, mesmo em temperaturas bem baixas.
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Por que o som se propaga mais depressa na água?

A água é altamente elástica e muito mais condensada do que o ar; por isso, as ondas sonoras se propagam muito mais depressa.
O som se propaga em ondas a partir de uma fonte emissora, que comprime uma pequena massa de ar mais próxima em um volume menor. 
Sendo elástico, o ar tende a se expandir novamente tão logo a compressão acabe. Nessa expansão, a primeira massa de ar colide com outra, porção adjacente, que por sua vez repete o processo. Quanto mais elástico o meio, maior a velocidade. 
A água, além de altamente elástica, é mais condensada do que o ar, com moléculas muito próximas uma das outras, o que encurta o tempo entre as colisões que transmitem a onda sonora. 
A primeira tentativa séria de medir a velocidade do som em um líquido foi feita no século XIX pelo físico suíço Daniel Colladon. A velocidade média encontrada foi de 1.435 metros por segundo. 
No ar, a velocidade é de 331,45 metros por segundo.
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Como diferenciar uma estrela de um planeta?

Olhando para o céu a noite, a maioria das pessoas acha que os astros presentes, além da Lua, são as estrelas. Ledo engano!
Além da Lua e das estrelas, estão presentes também os planetas do nosso sistema solar, sendo que os mais visíveis são Vênus e Marte.
Mas como diferenciar um planeta de uma estrela?
Ao olharmos o céu noturno com atenção, conseguimos observar: estrelas que parecem "piscar" e outras com brilho fixo. 
As estrelas "piscantes"  são estrelas mesmo. A "estrelas" com brilho fixo são planetas.
O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulências na atmosfera da Terra. 
A imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando a atmosfera se agita, a luz emitida por uma estrela sofre um efeito de refração e é desviada em diversas direções. Por isso, a imagem da estrela sofre leves alterações de brilho e posição, e ela fica “piscando”.
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